quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


Céu de veludo
Sem poluição visual,
sem estrelas,
sem nada
Eu gosto do vazio

A música dos carros destrói o silêncio ambiente
Enquanto as lâmpadas dos postes clareiam a tão familiar escuridão da noite
Revelando tantos destinos
mostrando toda a verdade

Há pessoas sem direção
Há pessoas estagnadas
Há pessoas girando em torno do seu próprio eixo
que não enxergam o que vêem

Gritos distantes
medos tão próximos
da janela eu observo
eu só observo
o mundo continuar a girar

Há pessoas na contramão
Há pessoas desorientadas
Há pessoas chorando sem saber o porquê

Luz natural ou artificial,
não importa,
O breu está em suas almas
impregnado
concretado
E é só o que há.

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