sábado, 29 de maio de 2010

Ainda é cedo
E eu quero dormir
Deixar o ontem só na imaginação,
Tentar esquecer para não ter que enfrentar
Minhas dúvidas tão frequentes,
Meus erros tão sólidos

Acordo com um porre psicológico
Estou despida de respostas,
Medos atirados ao chão
Perspectivas estilhaçadas sobre a mesa
Sentimentos perdidos pela casa
Angústias soltas pelo ar

Minha alma está latente
Quero algo que faça isso passar
Exagerei na euforia,
Sorvi até o último gole
Intoxiquei-me de você

Sou uma vítima das circunstâncias
Ou a mentora do momento?
Tenho ideias flutuantes
(Vá embora, mas não solte-se dos meus braços)
Mergulho no instinto,
Molho-me com teu suor
Levanto encharcada em incertezas,
afogada na minha indecisão.


As luzes se acendem
As máscaras caem
Não há pra onde correr
Não há como te esconder de ti mesmo

Teus pecados
Tão coloridos e ofuscantes
Tua dor
Escondida sob a maquiagem

Onde estava a tua alma
Quando tudo se foi?
A platéia observa
Ou será só o teu reflexo no espelho?

Maquiagem borrada
Lágrimas correm pela tua face
São verdadeiras
ou são colírio?

As cortinas se fecham
a peça acabou
Tu te despes do personagem
mas tudo continua igual

Nem todos protagonistas são mocinhos
Nem sempre há algo por trás da máscara.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

E se o coração explode em sentimento, o que fazer?

('Vou te pegar na sua casa, deixa tudo arrumado,vou te levar comigo pra longe! Tanta coisa nos espera, me espera na janela... Vou te levar comigo!')

sábado, 8 de maio de 2010


E você morreu
Com seu sorriso e olhos brilhantes
Com o perfume da vida
Que de mim você exauriu

E você apodreceu
Como restos orgânicos
Que adubam a terra
Como as pétalas da rosa
Da qual só toquei nos espinhos

E você desapareceu
Como um gás tóxico no ar
Uma fumaça negra que mancha meu céu
Na tentativa de encobrir o sol
Que depois dessa tempestade
Voltou a brilhar

E as palavras me dão
tudo o que a vida me nega

Sou alguma coisa
Que não sei explicar
Sou uma incógnita
O meu mistério particular!
Sou um erro permanente
Uma decepção irreverente
Um carrossel de ideias
Uma panaceia!
Sou um universo perdido
Um desejo escondido
Sou uma vírgula,
E nunca um ponto final.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O sol entrou pela janela
A luz encomoda o sono
Abro meus olhos
O mundo mudou.

Olhei nos teus olhos
Fiquei em silêncio
Busquei respostas
Que a tua foto não me deu.

Virei para o lado
Na cama só minha
Estiquei-me para ocupar o teu lugar
E descobri que durmo bem melhor assim.

sábado, 1 de maio de 2010

Mãos nas pernas
Nas Coxas
Se Ascendem
E me acendem

Seios
Pescoço
Boca
-Mergulhe

Toques
Beijos
Caricías
-Some

Palavras
Pedidos
Gemidos
-Entregue-se à melodia

Tentação,
Nudez,
insensatez

Prazer - nada é proibido.