sexta-feira, 26 de novembro de 2010

É como se fosse uma queda sem fim
Um precipício no infinito
Coincidência ou destino?
Não importa, tudo continua igual
[no mundo, não em mim]

Dados rolam sem parar
Enquanto as cartas são embaralhadas
A vida já fez sua jogada
E eu perdi novamente

Inicio uma revolução
Reluto essa velha batalha perdida
Encaro minha pior inimiga
E me auto-destruo outra vez

domingo, 21 de novembro de 2010

Trovão mental
Todos pensamentos
Piscando descontrolados
Enquanto a ampulheta não para de descer
E o tempo escorre
Pra nunca mais voltar

E há uma chuva de ideias
Dentro da minha cabeça
Criando flashes na minha tão familiar escuridão
Que me assustam
E me fascinam
Que duelam com a minha razão 

E eu guarda-chuvo essas doideras
Tentando me proteger de mim mesma
Simplesmente esperando
A hora que essa tempestade irá passar
E o sol irá novamente sair
Iluminando todos caminhos e todas pegadas
Enquanto eu corro desesperada
De volta pra minha caverna
Rezando para anoitecer outra vez

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Ainda não sei o que pensar
Ainda não sei como agir
Nunca me senti tão perdida
Ao encontrar as respostas

Eu encaro minhas verdades no espelho
Tão nuas e tão sinceras
Procuro a primeira janela
Mas de mim não tenho como fugir

Junto meus pedaços
Não deixo nada para trás
Levo mais do que a mim pertence
Apesar de tudo que perdi.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Há um grande abismo
Entre o que eu quero
O que eu faço
E o que eu deveria fazer

O certo nem sempre é melhor
E esse conceito é muito relativo
É o certo, mas pra quem?

Lógica não se aplica a sentimentos
Sou masoquista, mas sou discreta
Aprendi a sorrir mesmo sangrando
Aprendi a viver mesmo assim.

domingo, 7 de novembro de 2010

Carros rasgam a rua
Numa noite fria qualquer
Eu queimo sozinha
Fervo, borbulho, evaporo
Flutuo por um espaço familiar e inalcançável
Onde eu jamais estive

Cabeça cheia
Copo vazio
Minha alma corre alucinada
Dentro desse corpo estático
O mundo parece parado
Enquanto meus pensamentos são estraçalhados num liquidificador

E eu ando tão ausente
Da minha vida
Da minha mente
Não sei em que altura me perdi
Não sei se já é hora de voltar
Ou se já é hora de partir

Pra outro lugar
Outra vez.


(Mas pra onde? Pra onde?)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Complicado

Palavras pensadas, racionalizadas, mascaradas
[Não, não era isso que eu queria dizer!]
Vem,
crie o compasso, dê o primeiro passo!
Aconchegue-se em meus braços!
A verdade é gritante no silêncio,
Desfrute a sutileza dos pequenos atos!
Perca-se no momento
Onde o concreto se confunde com o abstrato
Não busque explicações,
Gestos são indomáveis, automáticos
Não precisam ser justificados
São quentes e insensatos
Respondem até o que não foi perguntado!
Independem de razões,
Independem de por ques

Só dependem de você.