terça-feira, 31 de agosto de 2010

Abro minhas asas,
atiro-me sem pensar.
sem cautela,
sem seguir a prescrição,
sem perder tempo.

É hora de ousar.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A minha tristeza não tem um sentido
Ou um porquê
É inodora
insípida
Ela nasce
Justamente
Do meu não saber


(A diferença entre o que tu dizes e o que tu fazes, é a mesma que há entre o que tu queres e o que tu tens)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pensamento estável
Coerente
E pragmatizado
Tudo sendo racionalizado,
Tudo dando certo.
E de repente
Algo externo
Ou interno
Ou idiopático
Acontece
E muda tudo.
Hiperplasia e hipertrofia de ideias
A nova quer tomar o lugar da antiga
Usa-se dos seus nutrientes
A esmaga, a destrói
Cresce silenciosa e invade tudo
Me toma por inteiro
E quando percebo
É tarde demais
Já metastasiou
Me dominou
E não há o que fazer.


(amor ou tumor, o que pode ser mais maligno?)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu quero tocar o teu coração.
(e todo o teu ser)
Paixão intermitente
Doce pecado que se espalha no ar
Pedaço de céu?
Tu és um universo inteiro
No qual eu quero me perder
O qual eu quero desvendar
Sem medos
Ou precauções
Além da dosagem recomendada
Além da imaginação.

('Se tudo passa como se explica o amor que fica nessa parada? Amor que chega sem dar aviso, não é preciso saber mais nada')

domingo, 22 de agosto de 2010

Os meus olhos estão abertos
E o tempo todo
Estão olhando para você

Nós não precisamos de nada
E de ninguém

Vamos olhar as estrelas
Simplesmente contemplar a noite
Não interessa o motivo,
Eu só quero me aquecer em seus braços enquanto voltamos pra casa

As luzes mudam conforme o horário
Mas não importa
Meus olhos agora estão fechados
Eu não preciso mais olhar para qualquer lugar

Pois hoje eu sei que
Tudo que eu sempre quis
Está exatamente aqui
Ao meu lado.

(e o meu coração que estava a passeio, finalmente encontrou um lar)
Eu vejo o que tu vês
E sinto como tu sentes
Eu sinto o que tu deveras sentes
E escuto o que tu não diz

Tu que te escondes por trás das palavras
Do silêncio,
E da carcaça
Que és excesso
Tão Errado e tão coeso
Te reconheci como num espelho
Estilhaçado
Na escuridão

Eu te compreendo
Porque eu também vim de lá
Eu compartilho
Dessa sabedoria que só a dor trás
As lágrimas podem ter secado
Mas as cicatrizes permanecem para lembrar


Que quem sente as dores do mundo
Nunca estará em paz

domingo, 8 de agosto de 2010

É nos lábios que não são os teus
Que eu busco as respostas
Pras todas as perguntas que um dia
Tu ainda me farás.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Madrugada de inverno
Ventos cortam a alma
Frio congela o meu corpo
Mesmo eu estando no inferno

Fecho meus olhos
Abro meu coração
Abraço o teu espaço
Hoje tão vazio

Fantasmas assombram minha mente
Sombras invadem o quarto
Eu desenterro os meus mortos
E morro um pouco mais.

(Alguns por amor,
Outros pro inferno)

domingo, 1 de agosto de 2010

Como Explicar?


E quando parece que tudo deu errado
A vida acorda terrivelmente linda
Numa manhã chuvosa de domingo

(‘When all of your wishes are granted, many of your dreams will be destroyed’)