quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Corres em círculos
Risca o chão até sangrar
Ainda não encotraste o teu eixo
Ainda não sabes a hora de parar

O teu mapa tá sem norte
A tua vida tá sem sentido
Tu te jogas num labirinto
E te perdes um pouco mais

Procuras desesperado
Pelo primeiro abismo pra se atirar
Salta com gosto,
Desiste outra vez

Revive velhas tristezas guardadas
Tão secretas
E tão escancaradas
Que são salientes na tua alma
E que arranham teu coração

Tua vida escore pelo ralo
Enquanto tu finges não perceber
Busca consolo no vazio
Nada tens a perder

Te lanças ao infinito
Queres acabar com tudo
Destrói junto o meu mundo
E morre outra vez.


(Mas talvez este seja o único jeito de sobreviver)

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