domingo, 14 de março de 2010

Sou uma verdade inconstante
Sou efêmera, sou errante
Sou uma dúvida, um medo
Uma sombra num dia sem sol

Às 4 horas escutam-se batidas
será a porta?
Será um coração?

Abro a janela - da minha mente, do meu quarto
O dia nasce enquanto a gente morre

Destruo-me, desfaço-me, transformo-me
gerúndio é meu estado permanente - talvez a única coisa permanente em mim

Gritos do silêncio reverberam em minha mente
Procuro, penso, fujo
já é tarde
onde estou?

O tempo passa e tudo continua igual - lá fora, não em mim
O dia se vai e com ele tudo,
todos
o que fui, o que sou
nada resiste,
tudo mudou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário