sábado, 6 de março de 2010


A cidade me impressiona
As pessoas, os automóveis, as construções
O descaso com o qual lido com tudo isso

Prismas de concreto amontoam sonhos, mágoas, revoltas
Vidas inteiras ignoradas
Espectros de pessoas que nunca vi

Luzes projetam-se na parede
Sombras vagam sem direção
A madrugada parece eterna para os que não conseguem dormir

Ruídos reverberam pelos becos
Almas buscam consolo na escuridão
Os Sons do silêncio são os que mais me apavoram

Uns nascem, outros morrem
Não me interessa quem são
São meros números de telefone, endereços
Não são vivos, não foram vivos e vivos jamais serão.

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